terça-feira, 7 de junho de 2016

Benefícios da musicoterapia para crianças e adolescentes com Autismo



Estudos recentes têm comprovado a eficácia do processo clínico musicoterapêutico e do uso da música com pessoas com Autismo, principalmente em relação aos aspectos de comunicação e interação social.
A Musicoterapia consiste em um processo sistemático de intervenção no qual o terapeuta ajuda o paciente a promover sua saúde utilizando experiências musicais e a relação terapêutica. Na Musicoterapia, o paciente vivencia a música de forma ativa através de atividades de audição, performance, composição e improvisação musicais sendo que a seleção destas atividades é determinada pela necessidade clínica do paciente bem como por suas habilidades desenvolvidas e potenciais, gostos, histórico e ideias sobre a música, conjugados com a abordagem teórica e metodologia clínica adotadas pelo terapeuta.
Pesquisas recentes em neurociências têm trazidos novas luzes sobre a estrutura e funcionamento do sistema nervoso de pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), incluindo o modo como esta população processa a música. A utilização destes conhecimentos fornece novas explicações a respeito do modo pelo qual a música pode ser utilizada no contexto de uma relação terapêutica para promover melhora da saúde bem como para subsidiar novas abordagens clínicas de tratamento, diagnóstico e avaliação do processo terapêutico de pessoas com TEA.
Os principais objetivos clínicos musicoterapêuticos possíveis com a pessoa com TEA: entrar em comunicação, partindo do nível em que a pessoa se encontra;
  • Desenvolver e/ou ampliar a capacidade de autoexpressão;
  • Diminuir ou extinguir comportamentos patológicos indesejáveis, tais como isolamento, hiperatividade, autoagressividade, estereotipias, tensões emocionais, desorganizações da linguagem etc.;
  • Romper barreiras impostas pelos comportamentos obsessivos, ajudando a pessoa com autismo a assimilar mudanças e variações;
  • Ultrapassar ou remover obstáculos emocionais e/ou cognitivos existentes; desenvolver um senso de fluxo temporal;
  • Desenvolver e ampliar a comunicação através de uma linguagem não-verbal que requer compreensão, codificação e decodificação de símbolos convencionalizados;
  • Desenvolver a comunicação e a interação social, dentre outros.
SAMPAIO, Renato Tocantins; LOUREIRO, Cybelle Maria Veiga; GOMES, Cristiano Mauro Assis. A Musicoterapia e o Transtorno do Espectro do Autismo: uma abordagem informada pelas neurociências para a prática clínica. Per musi,  Belo Horizonte ,  n. 32, p. 137-170,  Dec.  2015 .   Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-75992015000200137&lng=en&nrm=iso>. Acesso em  30  Maio  2016.

Fonte: Reab.me / por Ana Leite

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