segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Câmara discute Dislexia e Transtorno do Deficit de Atenção (TDAH)


A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados aprovou em unanimidade o Projeto de Lei 7.081/2010. O projeto prevê a criação de um programa de diagnóstico e tratamento para estudantes da educação básica com Dislexia e Transtorno do Deficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). O projeto de lei segue agora para a Comissão de Tributação e Finanças onde deve ser novamente apreciado.

Segundo o relatório, o diagnóstico e tratamento devem ocorrer por meio de uma equipe multidisciplinar, que envolve educadores, psicólogos, fonoaudiólogos, médicos e psicopedagogos.

No artigo três consta ainda que, a escola de educação básica deve assegurar à criança e aos adolescentes com Dislexia e TDAH, os recursos didáticos adequados para a aprendizagem. Assim como é de responsabilidade da escola a capacitação dos professores e mestres, formação com cursos sobre as doenças para facilitar o trabalho da equipe multidisciplinar.

Para Carolina Cysne, a aprovação que ocorreu no dia 15 de dezembro, vai somente incentivar o diagnóstico precoce da doença, tão temida pelos pais. “Com o tratamento adequado dentro da escola fica mais fácil o trabalho de aprendizagem do aluno, podendo diminuir os riscos de só no futuro, como adulto, descobrir que é portador de uma síndrome”, destaca a tutora.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O Envolvimento dos Pais com o Autismo do seu Filho!


O envolvimento dos pais na pesquisa, é com a intenção de ajudar seus filhos portadores de uma síndrome genética que afeta a forma como este filhos, vêem e se relacionam com o mundo a sua volta.
O porquê de pesquisar sobre a síndrome que já foi diagnosticada como doença?
Que já foi estigmatizada pela psicanálise, que relacionava ao comportamento da mãe a causa desta patologia.
E até hoje se diz:
Ah! Ele é assim porque os pais não trabalham com ele, não dá amor, não isso, não aquilo.
Se assim fosse porque outros filhos desses mesmos pais nascem normais?
Nem a psicanálise, nem alguns profissionais que adoram apontar o dedo para nós sabem explicar.
Sabemos também, que se uma criança autista é agredida, violentada, mal aceita em seu ambiente familiar ou social seu quadro piora, Mas ela não se tornará, mais ou menos autista.Afinal ela sempre será autista.
É obvio que o amor, a compreensão de sua patologia, um ambiente acolhedor, o fará progredir.
Não pode haver entre profissionais que lidam com nossos filhos jogo de vaidades, ou imposições, se não houver embasamento em pesquisa, em estudos, em conhecimento profundo da patologia.
E se há programas que foram exaustivamente estudados, e que são aplicados nos países mais evoluídos do mundo, digo: ex. TEACCH ( esse programa que se reestrutura a cada ano), podem ajudar nossos filhos, a terem uma vida independente, porque questionar sua aplicação? Há sim certa rigorosidade em sua aplicação, mas vi e li, e presenciei autistas trabalhando sem nenhum problema de comportamento. Seria falso?
Não me importo se meu filho ficará trabalhando de frente para parede. Eu estudo e trabalho em meu computador de frente para parede, meus alunos de informática estudam de frente para parede. Aulas de inglês para conversação são em biombos, individuais, para melhor aprendizado. São muito frágeis as criticas que tenho ouvido e lido, sobre o TEACCH, nenhuma se fundamenta. E se houver mais métodos, que venham se agregar a esse e outros.
Quero um programa que respeite a forma com que o cérebro do meu filho processa o mundo. Não quero torná-lo alguém que ele não é. Quero que ele tenha chance de evoluir, crescer, ter mais independência, para isso ele precisa de mim, e de profissionais que sejam honestos em suas intenções e sinceros em seus atos.
Todos os autistas e pessoas portadoras de necessidades especiais precisam desses verdadeiros profissionais, não é fácil encontrá-los, mas é necessário.
Hoje algumas metodologias e as escolas especiais tem primado em querer modificar o comportamento dos seus alunos. Mudar comportamento não necessariamente os modificará.
Porque tentar torná-los normais, se nem sabemos o que é ser normal?...
O padrão de normalidade do mundo deve muito a pureza e ingenuidade dos nossos especiais.
O padrão de normalidade é a hipocrisia, é a violência, é desrespeito ao seu semelhante.
Devemos torná-los funcionais, dentro da suas características autisticas.
Devemos entender o que os profissionais mais renomados em psiquiatria e psicologia comportamental já entenderam: que o cérebro do autista trabalha dentro de uma estrutura diferente da nossa. Que o cérebro do autista, funciona mais adequadamente dentro uma rotina pré-estabelecida.
Que é sim, um cérebro mais mecânico, mas que pode criar vínculos, e conexões emocionais se sentirem acolhidos e respeitados em sua diferença.
Podem ser produtivos, sem ter que ser fantoches de uma pseudo-normalidade.
Trabalhar ou conviver com um autista por anos, sem se atualizar, sem pesquisar, sem ler, sem entender os entraves de sua patologia que ainda é misteriosa, é andar no escuro.
O que a ciência já sabe o que se tem de novo? Como podemos argumentar sem pesquisar?
É como trabalhar anos em uma empresa apenas apertando parafusos, sem nunca se preocupar com o que está à volta. Todos evoluem menos você, e quando apertar parafuso já não é mais necessário, você é colocado fora da empresa.
Infelizmente com os nossos filhos, os estragos de uma abordagem errada, são imensos.
Por isso nos envolvemos, e nos envolvemos por todos, não como alguns dizem é porque é para seu filho. Meu filho tem a mesma patologia dos outros, às vezes menos grave, mas tem. E se ele evoluir e se vermos outros evoluírem essa é a nossa recompensa.
Ai está a nossa missão na terra. Se eu aceitei meu filho como ele é, o amei incondicionalmente, alguma validade na vida eu consegui.
E quem trabalha com eles, também, mais uma vez, o caminho é a humildade, o desprendimento, a honestidade, a sinceridade, tão em falta no mundo.
Se me colocasse no lugar deles, se eu precisasse de ajuda?
E se eu tivesse um filho, um neto, um sobrinho autista?
Como eu gostaria que ele fosse tratado, abordado, compreendido?
Ah! Eu iria querer o melhor, eu iria vencer minhas limitações humanas, minhas vaidades; iria buscar me informar, me aperfeiçoar, e amá-lo.
Eu compreendo a missão que Deus me deu, ao aceitar meu filho Autista.
Não foi e nem é fácil, tenho limitações e defeitos, e sei que preciso muito aprender.
Saibam, que vocês que trabalham com nossos filhos, também é uma missão que Deus lhes deu. E quando é o chefe do mundo que nos dá uma missão, ai de nós se não cumprirmos.

Liê Ribeiro
Mãe do Gabriel Gustavo - Autista.
Poetisa e Escritora.

AUTISMO NO TRABALHO I

André Arroyo Ruiz, 30 anos,
recentemente diagnosticado com autismo


"Posso ficar furioso se alguém quebra a minha confiança"

Sempre fui questionador.
Em casa, virava referência sobre como operar qualquer aparelho. Na escola, era visto como a pessoa que era capaz de responder às perguntas mais difíceis.
Hoje sou engenheiro elétrico formado pela Universidade de São Paulo (USP) e trabalho na Europa como gerente financeiro de uma grande empresa.
No trabalho atual estava passando por um período difícil, em que sentia que não produzia como deveria, estava infeliz e sabia que meus chefes tampouco estavam felizes. Então procurei ajuda médica.
O diagnóstico (um grau leve dentro do espectro autista) foi sugerido há um ano, depois de alguns meses de acompanhamento psiquiátrico.
A conclusão é que apresento um padrão de sintomas que se assemelha muito aos sintomas encontrados no espectro autístico.
A princípio parece um diagnóstico nada conclusivo. Depois de estudar o assunto por algum tempo, porém, entendi que ainda não há um consenso científico de o que é o autismo, então muitas áreas cinzentas surgem quando alguém apresenta os sintomas de forma mais leve.
Para complicar, o grupo homogêneo mais conhecido na parte leve do espectro autístico, da síndrome de Asperger, tem características e critérios de diagnóstico muito bem definidos em crianças, porém pouco é entendido sobre como os sintomas se manifestam em adultos.
O grande problema é que os critérios de diagnóstico clássicos se baseiam principalmente em deficiências de sociabilidade e comunicação.
O fato de um portador não possuir uma habilidade social nata não significa que ele não possa aprender, por imitação ou tentativa e erro, como agir socialmente. E, de fato, os que têm maior capacidade cognitiva aprendem, com o passar do tempo, a imitar os comportamentos sociais esperados.
Desde não muito tempo, se sabe que o autismo não é caracterizado apenas por deficiências de comunicação e sociabilidade, mas por um quadro muito mais complexo de características, algumas das quais sempre persistirão no portador, como os diversos tipos de hipersensibilidade.
Depois de haver conversado com muitas pessoas diagnosticadas com algum tipo de autismo, descobri que tenho muito em comum com algumas delas, muito mais do que eu jamais imaginei que teria em comum com alguém.
Portanto, estou certo de que, independente de critérios de diagnóstico formais, os modelos, teorias e tratamentos do autismo se aplicam a mim.
Quando pela primeira vez me disseram que eu tinha depressão, minha mãe ficou chocada. Eu, comecei a rir... Ela não me entendia, porque ela não pensa de uma forma autista, objetiva: O fato de um médico falar que eu tenho depressão não muda ou piora meu problema, porém identificar o problema como sendo algo relativamente comum e bastante estudado pode ajudar muito a achar uma solução.
Por isso comecei a rir, fiquei feliz de meu problema ter um nome, de ser algo conhecido. Depois de algum tempo descobri que na verdade eu não tinha exatamente uma depressão em si, mas um sintoma associado ao autismo que pode apresentar um quadro muito parecido com depressão.
Quando o psiquiatra falou do autismo, minha reação imediata foi a mesma, fiquei feliz.
Algumas horas depois, porém, comecei a pensar em toda minha infância, e a imaginar se muitos dos problemas que tive na verdade não eram tão normais e comuns quanto eu pensava, mas eram consequências do fato de eu ser "diferente".
Não sei o quanto minha mãe já aceita a idéia, mas, a princípio, ela não acreditava no diagnóstico.
A primeira coisa que o psiquiatra notou foi a minha forma exageradamente precisa falar o que é um problema de comunicação, já que prezo mais a precisão que o entendimento.
É comum as pessoas não entenderem os termos e conceitos que uso.
Havia outros sintomas, como minha capacidade de descrever, com precisão e riqueza de detalhes, tudo o que sentia, de sensações físicas a emocionais, e as hipersensibilidades diversas: tecidos duros ou ásperos podem me incomodar muito, comidas com certas texturas ou cheiros são insuportáveis, posso notar barulhos que ninguém mais ouve e a luz pode incomodar.
A hipersensibilidade pode ser emocional também. Alterações mínimas no tom de voz de uma pessoa podem me fazer sentir como se a pessoa estivesse gritando ou brigando comigo.
Entendo de forma literal muito do que escuto, ou pelo menos passa pela minha cabeça a interpretação literal como uma das possibilidades de entendimento.
Nos casos mais graves de autismo, a pessoa pode ser incapaz de entender metáforas, por exemplo.
Descobri que pessoas com autismo tendem a apresentar níveis de estresse irregulares ao longo do dia, ao contrário da maioria das pessoas, que apresenta um ciclo diário bem definido de níveis de estresse, atenção e sonolência.
Tendo a pensar primeiro nas minhas vontades em situações que envolvem mais pessoas, às vezes ignorando o que pode passar pela cabeça delas ou como elas podem se sentir.
Se disser a alguém que vou fazer algo, me sinto mal se os planos mudam. Ao mesmo tempo, posso ficar furioso ou muito triste se alguém quebra minha confiança (descobri que pessoas com autismo tendem a ser extremamente leais).
Desde cedo mantive meus chefes informados de tudo o que descobria e, sabiamente, eles entendiam o problema e tentavam adaptar a forma de trabalhar. Para eles, assim como para mim, descobrir os problemas é a chave para poder aproveitar melhor as vantagens que minha condição proporciona. Com alguns colegas comentei sobre algumas das descobertas.
É curioso que os colegas em quem também identifiquei traços de autismo, ou de algum tipo de transtorno de ansiedade, são os mais céticos: Para eles também, ser diferente é normal, e eles não querem acreditar que as minhas diferenças (e logo as diferenças deles) podem ser tão grandes que podem pertencer a algum distúrbio psiquiátrico.
Nesse cepticismo, vi dois colegas que eu acreditava apresentarem depressão serem demitidos, enquanto se recusavam aceitar o problema e procurar ajuda.

Foto do Arquivo Pessoal
Gazeta do Povo 28/03/2010

Os distúrbios psiquiátricos controversos

No interesse com o Autismo

O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders – DSM) é um livro usado por profissionais da área psiquiatria que lista diferentes categorias de transtornos mentais e os critérios para diagnosticá-los, de acordo com a Associação Americana de Psiquiatria (APA). Contudo, muito do que aparece lá é envolvido em muitas controvérsias. Pesquisadores da área pedem uma revisão do manual.
Veja abaixo as 03 (três) desordens que fazem parte da discussão sobre se estas são ou não doenças e se seu diagnóstico e tratamentos estão corretos.

SÍNDROME DE ASPERGER

A síndrome de Asperger entrou para o DSM em 1994, mas pode estar fora da sua próxima versão, prevista a ser lançada em 2013. Indivíduos com inteligência normal, capacidade de comunicação, mas com baixíssimo relacionamento social eram diagnosticados com a síndrome.
Esta categoria pode sumir porque os pesquisadores não conseguem diferenciar os diagnósticos de Asperger dos de autismo. As similaridades são muitas. Se a mudança for realizada, as pessoas com a síndrome passarão a ser classificadas como sofrendo de autismo de alto funcionamento.

BIPOLARIDADE INFANTIL


O problema da bipolaridade infantil é justamente a palavra “infantil”.
Este é considerado um distúrbio adulto que faz o indivíduo variar entre estágios de depressão e excitação extremos. Contudo, entre os anos de 1994 e 2003, o número de crianças associadas a bipolaridade aumentou 40 vezes de acordo com um estudo publicado em 2007 no periódico Archives of General Psychiatry.
A solução encontrada pela APA foi mudar os critérios atuais da bipolaridade e adicionar um novo diagnóstico: “temperamento desregulado com disforia”. Ele seria definido para crianças com irritabilidade persistente e mudanças de humor freqüentes. Para alguns psiquiatras, esta nova categoria serviria apenas para transformar em doença um comportamento comum das crianças.

TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE EM ADULTOS (TDAH).

 

Este caso é o inverso do anterior. O TDAH é considerado, principalmente, um distúrbio infantil. As crianças com esta desordem psiquiátrica não conseguem ficar paradas ou manter o foco em uma atividade por muito tempo. Este transtorno é tão controverso, em crianças e em adultos, que existem até teorias da conspiração. Alguns psiquiatras acham que a classificação desta doença serve apenas para a indústria farmacêutica vender remédio para combatê-la. O psiquiatra da Universidade de Nova Iorque, Norman Sussman, concorda com a desconfiança, mas acredita que o distúrbio não será desconsiderado: “Os benefícios do tratamento farmacológico e terapêutico já estão bem estabelecidos”.

Fonte e Fotos:
Os 10 distúrbios psiquiátricos mais controversos

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Por que o Autismo é quatro vezes mais comum em homens

O autismo é quatro vezes mais comum em homens do que em mulheres.
Agora, uma nova pesquisa chega mais perto de descobrir por que.
   Segundo os pesquisadores, a testosterona e o estrogênio têm efeitos opostos sobre um gene apelidado RORA. Nos neurônios, a testosterona diminui a capacidade das células de expressar ou se ligar ao gene, enquanto o estrogênio aumenta essa capacidade.
Tais resultados são baseados em testes de crescimento de neurônios em laboratório.
   Normalmente, o trabalho das células no gene RORA é ligá-lo a vários outros genes. Quando uma célula tem altos níveis de testosterona, os níveis de RORA escasseiam, o que afeta todos os genes a que RORA deveria se ligar.

A pesquisa também mostrou que os tecidos cerebrais de pessoas com autismo apresentam níveis mais baixos de RORA do que o das pessoas sem a condição.

   A nova pesquisa apóia estudos anteriores que mostraram que níveis elevados de testosterona no feto são correlacionados com traços autistas. Os cientistas acreditam que níveis mais elevados de testosterona fetal podem colocar um feto em risco de autismo. Porém, a pesquisa não prova que baixos níveis de RORA causam o autismo, só que eles estão associados com a doença.
   Ainda assim, outros estudos têm sugerido que uma deficiência de RORA poderia explicar muitos dos efeitos observados no autismo. Por exemplo, o gene protege os neurônios contra os efeitos do estresse e da inflamação, ambos elevados no autismo.
   RORA também deve ajudar a manter o ritmo circadiano do corpo em dia, e as pessoas com autismo frequentemente experimentam distúrbios do sono.
   Além disso, ratos que foram geneticamente modificados para não possuírem o gene se envolveram em uma série de comportamentos sugestivos de autismo.
   Diferentemente da testosterona, o estrogênio aumenta os níveis de RORA nas células. Isto significa que as mulheres podem ter uma “proteção” contra o autismo: mesmo que seus níveis de RORA sejam baixos, o estrogênio pode ajudar um pouco.
   No entanto, outros cientistas sugerem que, na verdade, a maior prevalência do autismo no sexo masculino é por que os genes no cromossomo X desempenham um papel na doença.
   Como as mulheres têm dois, e os homens apenas um (combinado com um cromossomo Y), as meninas têm uma cópia de “backup” de qualquer gene mutado.
   Embora esta teoria seja plausível, até o momento nenhum gene no cromossomo X tem sido inequivocamente associado com o autismo.
    Os pesquisadores alertam que o RORA pode não ser o único gene envolvido na doença, mas que provavelmente é um dos fatores mais críticos.

em 22.02.2011
[LiveScience]

A MENINA COM SÍNDROME DE DOWN- nas olimpíadas especiais de Seattle


Há alguns anos, nas olimpíadas especiais de Seattle, nove participantes, todos com deficiência mental, alinharam-se para a largada da corrida dos 100 metros rasos.

Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada, mas com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar.
Um dos garotos tropeçou no asfalto, caiu e começou a chorar. Os outros oito ouviram o choro. Diminuíram o passo e olharam para trás. Então viraram e voltaram. Todos eles. Uma das meninas com Síndrome de Down ajoelhou, deu um beijo no garoto e disse:
- Pronto, agora vai sarar!

E todos os noves competidores deram os braços e andaram juntos até a linha de chegada. O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos...

Talvez os atletas fossem deficientes mentais...

Mas com certeza, não eram deficientes espirituais...

"Isso porque, lá no fundo, todos nós sabemos que o que importa nesta vida, mais do que ganhar sozinho é ajudar os outros a vencer, mesmo que isso signifique diminuir os nossos passos..."

"Procure ser um homem de valor, em vez de procurar ser um homem de sucesso".

"Sintomas" autísticos (de 3 a 5 anos) !!

Citarei aqui algumas características que podem apresentar algumas crianças, entre 3 e 5 anos, que se enquadram nos Transtornos do Espectro Autista (TEA).

Comportamentos que podem ser observados nessa idade:

  • não faz bom contato visual com você ou outras pessoas;
  • pode não se interessar muito pelo outro;
  • costuma brincar sozinho;
  • mostra reação incomum de inquietação em relação aos outros (ignora ou dá gargalhadas);
  • destaca-se pelo comportamento distinto no grupo de brincadeiras, então, costuma andar pela sala quando os outros alunos estão sentadas na hora da história;
  • quanto a linguagem e comunicação: pode falar pouco ou muito (repetição); repete frases de vídeos, filmes, desenhos animados...; apresenta ecolalia (repetição de frases que acabou de ouvir - ecolalia imediata - ou que ouviu em outro momento anterior- ecolalia tardia); pode apresentar dificuldade em compreensão;
  • tem dificuldades m compreender brincadeiras de faz-de-conta ou parece perplexo diante de brincadeiras criativas de outras crianças;
  • insiste em brincar de uma determina forma;
  • costuma brincar com a mesma coisa todos os dias e durante muitas horas demonstrando irritação quando é impedido de fazer isso;
  • demonstra interesse por coisas "incomuns" para uma criança, como por exemplo, interesse pelas rodas de um carrinho; logotipos...
  • parece preferir atividades rotineiras;
  • costuma girar ou balançar o corpo e fazer movimentos com as mão ou dedos
  • costuma enfileirar livros, carrinhos...
  • alguns parecem ser muito sensíveis ao barulho (ex.: leva as mãos aos ouvidos com sons altos), aos aromas (ex.: costuma cheirar roupas, comidas, pessoas...) e ao toque (ex.: acaricia objetos por longo tempo ou não gosta do toque de certos tecidos e, assim, ficam irritados. Além disso, as crianças podem demonstrar sensibilidade visual (ex.: dedos se mexendo em frente ao seu rosto ou evitar o Sol e muitas cores).
Essas últimas características dizem respeito as suas preferências sensoriais bem como identificar se sua criança é hipossensível ou hipersensível a alguns estímulos olfativos, tatéis, visuais e paladares. Portanto, será mais fácil compreender o comportamento do seu filho ou aluno se você identificar as preferências sensoriais dele.